As vitaminas são compostos orgânicos indispensáveis, pois atuam na formação de enzimas e em outros processos importantes para a manutenção do equilíbrio do organismo humano. Sendo então necessárias para o bom funcionamento dos aparelhos circulatórios, respiratórios e digestivos.
Os nutrientes realizam interações que influenciam a saúde. Umas são benéficas e outras causam dano ao organismo. As interações benéficas aumentam a biodisponibilidade, absorção e a utilização dos nutrientes e dos medicamentos, e as negativas inibem, diminuem ou bloqueiam alguns ou todos os efeitos. Neste falaremos de alguns tipos específicos de vitaminas e minerais, suas características bioquímicas, implicações clinicas decorrentes da deficiência e excesso na dieta, e também interações entre nutrientes.
É evidente que ainda a muito a ser aprendido com referencia a interações. Quanto mais soubermos sobre as interações, melhor será a prestação de serviço pelo profissional da saúde.
A nutrição tem se tornado de grande importância, pois alem de agir como terapêutica dietética atua, também com veiculo para que o fármaco tenha sua ação mais rápida ou não, de acordo com a necessidade do paciente, bem como minimizando ou evitando as colateralidades e interações negativas provocadas pelo medicamento.
Fontes: As principais fontes naturais de vitamina D são óleo de fígado de bacalhau, de arenque, de salmão, de sardinha, ovos (principalmente as gemas) e cogumelos comestíveis. Dentre outras fontes, também pode ser encontrada em: margarina, queijo, bacalhau, óleo de fígado de bacalhau, óleo de milho, gema de ovo, arenque, óleo de fígado de arenque, fígado bovino, fígado de bezerro, fígado de porco, fígado de frango, fígado de cordeiro, cavala, leite de vaca, leite humano, salmão, sardinha, camarão.
VITAMINA B2
FONT ES:
VITAMINA A
A vitamina A, também conhecida como retinol, e vitamina lipossolúvel, essencial para o ser humano, é encontrada na natureza na forma livre ou esterificada e só se apresenta em alimentos de origem animal. Origens vegetais são encontradas as pró-vitaminas A ou carotenóides, cujo principal exemplo é o B-caroteno. Funções sendo importantes para a visão normal, expressão de genes, reprodução, desenvolvimento embrionário, crescimento e função imune.
Fontes: Óleo de fígado de bacalhau, fígado de frango, fígado de vaca, fígado de vitela, manteiga, margarina, atum, queijo camembert, creme de leite, leite integral em pó, ovo de galinha, azeite de oliva, leite humano, leite de vaca, iogurte, sardinha.
Funções do retinol: Visão: A vitamina A protege o organismo da cegueira noturna e melhora a visão. Crescimento: A vitamina A é ideal para o crescimento de fetos e de crianças pequenas. Porem quantidades excessivas dos derivados sintéticos de vitamina A podem provocar danos ao feto. É aconselhável que as mães tomem B-caroteno ao invés do retinol.
Deficiência: Um dos primeiros sinais da deficiência de vitamina A é a redução do consumo de alimentos por falta de apetite. Para a cura da qual os antigos egípcios recomendavam suco de fígado cozido e seu uso tópico. A carência de vitamina A é um dos principais problemas de saúde existentes atualmente no mundo. Ela é a principal causa de cegueira nas crianças não escolarizadas nos países em desenvolvimento, devido aos problemas oculares causados por essa deficiência também chamada de xeroftalmia.
Um estágio mais avançado é a xerose conjuntiva em que há um comprimento do epitélio da conjuntiva com secura, perda de transparência da conjuntiva com mascaramento parcial do sistema vascular, espessamento e endurecimento, aparecimento de pregas, pigmentação fina, difusa e acumulo de resíduos. O próximo estágio, mais grave, é o aparecimento das manchas de Bitot, que são manchas superficiais de cor cinza ou esbranquiçada na superfície da córnea. Outro estágio mais avançado é a xerose da córnea, xerose da conjuntiva e a ulceração da córnea ceratomalacea.
Sintomas de sua deficiência: O primeiro sintoma da deficiência de vitamina A é geralmente a cegueira noturna. Mais tarde, um depósito espumoso (manchas de Bitot) pode aparecer na zona branca do olho (esclerótica) e a córnea pode endurecer e apresentar crostas, uma afecção chamada xeroftalmia, que pode conduzir à cegueira permanente
Tratamento com vitamina A: O tratamento da cegueira noturna é efetuado através de administração quinzenal de 50.000 UI de vitamina A e a xerodermia é tratada com uma pomada que contem 5.000 UI de vitamina A/g. A vitamina A é também usada para tratamento de enfermidades cutâneas. Para o acne é realizado um tratamento com 1000.000 a 2000.000 UI durante varia semanas (geralmente seis), depois se diminui para 50.000 a 1000.000 UI. Pomadas de vitamina A também são usadas para a acne.
A psoríase era tratada com doses muito grandes de vitaminas A de ate 300.000 UI, o que elevava o risco de intoxicação. Atualmente se usam derivados novos da vitamina A como os isotretinóides, que são usados também nos casos de acne.
O B-caroteno tem sido utilizado para o tratamento da hipersensibilidade a luz (foto alergia) em doses de 30-200 mg/dia. Para o paciente com câncer, especialmente os submetidos à terapêutica citostática ou a radioterapia, administra-se vitamina A ou B-caroteno.
VITAMINA D
A vitamina de é uma vitamina lipossolúvel, formada por um grupo de compostos que possuem atividades antiraquitismo, cujos principais compostos são os ergocalciferol (vitamina D2) e o colecalciferol (vitamina D1). Apesar de ser classificada historicamente como vitamina, a vitamina D sofre duas hidroxilações no organismo dando origem a sua forma biologicamente ativa, que atua como um hormônio esteróide.
Função: As principais funções da vitamina D são a manutenção da homeostase do cálcio e do fósforo no organismo e a mineralização dos ossos.
Deficiência: A carência dessa vitamina leva a tais deficiências com raquitismo em crianças e osteomalácia em adultos. A sua deficiência também resulta em absorção intestinal inadequada e reabsorção renal de cálcio e fósforo. Há muito tempo o raquitismo é conhecido em muitos países europeus. Em meados de 1800, essa doença apareceu em altas proporções no norte da Europa, America e Ásia. Durante o período da Revolução Industrial, devido à poluição e a vivencia em ares com pouca incidência de luz solar, tornou-se um problema serio. Desde então, essa doença passou a ser largamente estudada.
Sintomas de sua deficiência: Os espasmos musculares (tetania) causados por uma concentração baixa de cálcio podem ser o primeiro sinal de raquitismo nos lactentes. Uma criança de mais idade pode demorar a sentar-se e a gatinhar e os espaços entre os ossos do crânio (fontanelas) podem demorar a fechar-se. As crianças de idade compreendida entre 1 e 4 anos têm uma curvatura anormal da coluna vertebral, pernas arqueadas e joelhos para dentro, e podem demorar a aprender a andar. As crianças maiores e os adolescentes têm dores quando andam. O achatamento dos ossos pélvicos nas raparigas adolescentes pode provocar o estreitamento do canal de parto. Nos adultos, a perda de cálcio dos ossos, particularmente da coluna vertebral, pelve e pernas, provoca fraqueza e pode ocasionar fraturas.
Excesso: O seu excesso também é prejudicial, levando a intoxicação podendo causar calcificação em diversos tecidos.
VITAMINA E
Vitamina E é o termo genérico empregado para designar 8 compostos lipossolúveis naturais que apresentam, em diferentes graus, a mesma atividade biológica do a-tocoferol. Numerosos estudos epidemiológicos foram compilados em revisões, acerca do alcance da ação antioxidante da vitamina E no organismo, proporcionando o retardamento do envelhecimento precoce e a proteção contra danos no DNA, produzidos a partir do aumento da atividade física extenuante.
Fontes: Encontrada em alimentos as fontes mais abundantes de vitamina E são óleos vegetais como os de girassol, palma, milho, soja e oliva. Outros alimentos ricos em vitamina E incluem nozes, semente de girassol, kiwi e germe de trigo. Outras fontes de vitamina E são grãos integrais, peixe, leite de cabra e vegetais verdes folhosos. Óleo de colza, óleo de girassol, óleo de soja, óleo de rícino, óleo de oliva, brócolos, couve-flor, repolho, couve de bruxelas, couve, leite em pó, leite UHT, leite pasteurizado (tipo B).
Função: A função da vitamina E é atuar como antioxidante, inibidor de aterogênese, estando incorporada a um conjunto de outros componentes do sistema vascular, células do músculo liso, plaquetas e células do sistema imunológico. Diminuindo o risco de ataque cardíaco. Os antioxidantes protegem o organismo da ação danosa dos radicais livres. Estudos indicam que a vitamina E, devido à sua propriedade antioxidante, tem efeito anti-cancerígeno, especialmente contra o câncer de pele e de mama.
Deficiência: A deficiência de vitamina E ocorre em pessoas que não conseguem absorver a gordura na dieta, como bebês prematuros com pouco peso e adultos com desordem rara de metabolismo de gorduras. A deficiência de vitamina E é geralmente caracterizada por problemas neurológicos devido à condução nervosa prejudicada. Indivíduos que não conseguem absorver gordura podem precisar de suplementos de vitamina E. Pessoas com fibrose cística e problemas de absorção --- como doença de Crohn, doença no fígado ou insuficiência pancreática --- devem discutir com seu médico a necessidade de suplementos de vitamina E.
Ingestão dietética de referência da Vitamina E: | |
Crianças | Vitamina E (mg/dia) |
0 – 6 meses | 4,0 |
7 – 12 meses | 6,0 |
1 – 3 anos | 6,0 |
4 – 8 anos | 7,0 |
Homens | |
9 – 13 anos | 11 |
14 – 70 anos | 15 |
> 70 anos | 15 |
Mulheres | |
9 – 13 anos | 11 |
14 – 70 anos | 15 |
> 70 anos | 15 |
Grávidas | 15 |
Lactentes | 19 |
VITAMINA K
A vitamina K atua como uma coenzima durante a síntese de varias proteínas envolvidas na coagulação sanguínea e no metabolismo ósseo. Sua descoberta foi casual, devido à ocorrência de hemorragias e lenta coagulação em pintinhos, em 1929, por Henrik Dam.
Fontes: Espinafre, brócolos, couve de bruxela, repolho, alface, aspargo, feijão verde, couve-flor, cenoura, tomate, batata, óleo de soja, óleo de cânula, óleo de algodão, óleo de oliva, óleo de milho, margarina, manteiga, pão, fígado, ovo, carne fresca, peixe fresco, leite integral, molho de salada, maionese, café, laranja, morando,banana.
Função: No processo de coagulação sanguínea, uma serie de reações complexas ocorrem. As sete proteínas de coagulação dependentes da vitamina k são pro-enzimas que são convertidas a sérias hidrolises durante a coagulação. A vitamina K e necessária para a manutenção da integridade óssea. Duas proteínas ósseas tem sido associadas à vitamina k, a BGP ou osteocalcina, secretada pelos osteoblastos, e a proteína matriz Gla .
Deficiência: recém-nascidos apresentam problemas nos novéis de vitamina k, pois a transmissão dessa vitamina através da placenta é insuficiente.
O leite materno contem baixos teores de vitamina k e o intestino é estéril durante os primeiros dias de vida. Devido a esses fatores, ocorre constantemente o desenvolvimento de doenças hemorrágicas dos recém nascidos.
Síndromes de ma - adsorção, doenças gastrintestinais, doenças hepáticas, ingestão de drogas anti-coagulantes e vitaminas A e E pedem levar a deficiência de vitamina k.
Sintomas de sua deficiência: Os principais sintomas são as hemorragias da pele, do nariz, de uma ferida ou do estômago, acompanhadas de vômitos. Pode-se observar sangue na urina ou nas fezes. Em casos mais graves, pode produzir-se hemorragia cerebral nos recém-nascidos
Ingestão dietética de referencia de vitamina K | ||
Indivíduos | Homens | Mulheres |
(microgramas/dia) | (microgramas/dia) | |
2,0 | 2,0 | |
2,5 | 2,5 | |
30 | 30 | |
55 | 55 | |
60 | 60 | |
75 | 75 | |
120 | 90 | |
120 | 90 | |
Acima de 70 anos | 120 | 90 |
VITAMINA C
A vitamina C, nome genérico dado ao acido ascórbico, é uma vitamina hidrossoluvel, sintetizada por plantas e por quase todos os animais, exceto os humanos, os primatas, alguns roedores e pássaros.
Fontes: Couve-flor, brócolos, alface, couve, repolho roxo, espinafre, repolho branco, páprica, tomate, ervilha, morango, framboesa, acerola, laranja, abacate, caju, goiaba, kiwi
Função: Entre suas múltiplas funções, a vitamina C atua na fase aquosa como um excelente antioxidante sobre os radicais livres. Nesse sentido ela participa do sistema de proteção antioxidante e dentre suas varias funções esta a de reciclar a vitamina E. A vitamina C é necessária para a produção e a manutenção do colágeno, participando na hidroxilação da prolina formando a hidroxiprolina.
Deficiência: Os sintomas clássicos da deficiência de vitamina C incluem hiperceratrose folicular, amolecimentos e perdas de dentes, gengivas edemaciadas e inflamadas, perda de cabelos, secura de boca e olhos, pele seca e com prurido, e dores musculares.
A deficiência de vitamina C pode ocorrer em seres subnutridos, alcoólatras, pessoas idosas que recebem dietas restritas e lactentes alimentados exclusivamente com leite de vaca.
Sintomas de sua deficiência: Os sintomas iniciais incluem irritabilidade, dor ao mover-se, perda de apetite e incapacidade para ganhar peso. Os ossos são finos e as articulações podem tornar-se salientes. São típicas as hemorragias debaixo do tecido que cobre os ossos (periósteo) e à volta dos dentes. Nos adultos pode ocorrer escorbuto quando a alimentação é restringida, contendo apenas carne desidratada e farinha ou chá, torradas e vegetais enlatados, os alimentos típicos das pessoas de idade avançada que perderam o interesse pela comida. Poucos meses depois de se seguir uma dieta semelhante, verificam-se hemorragias sob a pele, especialmente em volta dos folículos pilosos, debaixo das unhas dos dedos das mãos, em volta das gengivas e no interior das articulações. A pessoa sente-se deprimida, cansada e fraca. A pressão arterial e a freqüência cardíaca variam constantemente. Os resultados da análise de sangue mostram uma concentração muito baixa de vitamina C.
Complexo B
VITAMINA B1
A vitamina B1, normalmente denominada tiamina, sendo ainda conhecida como aneurina (devido ao seu papel na prevenção da polineurite), foi a primeira vitamina a ser descoberta, no inicio do sec. XX. Por possuir uma amina em sua estrutura, foi nomeada como "vitamina" ou seja, amina essencial para a vida.
Fontes: Lombo canadense, pernil, peito de frango, leite em pó, arroz, farinha de trigo, ervilha, levedura, etc.
Funções: A tiamina é essencial para o crescimento e metabolismo em animais, planta se microrganismos. A TPP é uma importante coenzima que participa de diversas reações concernentes ao metabolismo dos carboidratos. A TPP participa também nas reações d transcetolase na via das pentoses fosfato, tendo como principal função promover fonte de ribose para a síntese de nucleotídeos e acido nucléicos.Tem papel ainda na redução da nicotinamida adenina dinucleotideo fosfato.
Há evidencias da participação da TPP e principalmente da TTP na transmissão da impulso nervoso.
Deficiência: As pessoas que sofrem de alcoolismo grave substituem o alimento por álcool, reduzindo desse modo o consumo de todas as vitaminas, incluindo a B1. Por conseguinte, essas pessoas correm o risco de desenvolver perturbações de deficiência nutricional.
Sintomas de sua deficiência: Os sintomas iniciais manifestam-se sob a forma de cansaço, irritabilidade, perda da memória e do apetite, perturbações do sono, mal-estar abdominal e perda de peso.
Como as demais vitaminas, o complexo B no organismo desempenha o papel como coenzima em uma diversidade de reações bioquímicas, atuando como intermediária na transferência de elétrons em reações de oxido-reduçao.
A vitamina B2 por ser considerada uma das vitaminas mais resistentes a altas temperaturas, tem levado diversos estudiosos a explorar sua retenção após diferentes tratamentos térmicos.
Fontes: Carne de frango, carne de cordeiro, leite em pó, leite pasteurizado, leite esterilizado, farinha de trigo, ervilha.
Função: Ela desempenha papel vital no catabolismo de carboidratos e lipídeos, promovendo as seguintes reações: oxidação do sucinato a fumarato e oxidação do acido graxo saturado acetil-CoA para acido graxo insaturado.
As flavinas reduzidas ocorre transferência de hidrogênio para o oxigênio molecular para formar água.As flavinas são necessárias também na conversão da vitamina B6 e do acido fólico em formas coenzimas ativas.
Deficiências: A deficiência de vitamina B2 é pouco freqüente, salvo nas zonas onde a alimentação é formada principalmente por arroz sem casca. Esta deficiência pode surgir nas pessoas que sofrem de alcoolismo, doenças hepáticas ou diarréia crônica.
Sintomas de sua deficiência: Os sintomas mais freqüentes são as feridas nas comissuras da boca, seguidas por gretas nos lábios que podem deixar cicatrizes. Caso se desenvolva candidíase (uma infecção por fungos) nessas zonas, podem aparecer manchas branco-acinzentadas. A língua torna-se vermelho-púrpura e gordurosa (saburrosa) e por vezes aparecem manchas na zona que se encontra entre o nariz e os lábios. Em certas ocasiões, crescem vasos sanguíneos no interior da córnea, provocando queixas quando há exposição à luz (fotofobia). Nos homens, inflama-se a pele do escroto.
NIACINA
A niacina é classificada como vitamina hidrossoluvel, fazendo parte das vitaminas do grupo B. Desempenham um papel indispensável nas reações de oxido-redução envolvidas no catabolismo da glicose, dos ácidos graxos, das cetonas corporais e dos aminoácidos.
Fontes: Carnes e peixes/ bovina, frango, carneiro, suína, peru, coração bovino, rim bovino, fígado bovino, arenque, bacalhau, atum,/ laticínios/ leite iogurte, queijo/cereais/ cevada,arroz polido,arroz integral, farelo de trigo, ovos, cogumelo, levedura, extrato.
Requerimentos dietético: As recomendações dietéticas ou ingestão adequada para niacina são atualmente dadas em termos de niacina equivalente pra incluir estimativas de fontes diretas e indiretas da vitamina.
Deficiência: A pelagra é uma perturbação nutricional provocada por uma deficiência de niacina. A carência de um aminoácido chamado triptofano também pode contribuir para o desenvolvimento da pelagra porque se pode converter em niacina. As pessoas que vivem nas zonas onde o milho é o principal cereal correm o risco de desenvolver a pelagra, já que o milho é pobre em niacina e triptofano. Além disso, a niacina do milho não pode ser absorvida pelo intestino, a menos que o milho seja tratado com um alcali. A pelagra, uma perturbação sazonal, apresenta-se na Primavera e dura até ao fim do Verão. A doença aparece repetidamente nas pessoas com alimentação rica em milho.
Sintomas de sua deficiência: A pelagra caracteriza-se por alterações na pele, no aparelho digestivo e no cérebro. O primeiro sintoma é o aparecimento de zonas da pele simétricas avermelhadas que parecem queimaduras solares e que se agravam quando são expostas à luz solar (fotossensibilidade). Aos sintomas cutâneos seguem-se em geral perturbações gastrointestinais, como náuseas, perda do apetite e diarréia, que é malcheirosa e por vezes sanguinolenta. Todo o aparelho digestivo está afetado. O estômago pode não produzir suficiente ácido (acloridria) e a língua e a boca inflamam-se, ganhando uma cor escarlate e brilhante. Também a vagina pode ser afetada.
Finalmente, produzem-se alterações mentais, como cansaço, insônias e apatia; estes sintomas geralmente precedem uma disfunção cerebral (encefalopatia) caracterizada por confusão, desorientação, alucinações, amnésia e inclusive psicose maníaco-depressiva.
VITAMINA B6
As evidencias de que é um nutriente essencial foram demonstradas na década de 1950, quando crianças que receberam uma formula infantil autoclavada e, portanto, com baixos teores de vitamina B6, apresentam hiperritabilidade e convulsões. A suplementação com a respectiva vitamina extingiu estes sintomas.
Fontes: Algumas fontes são: batata, maça, banana, couve de bruxelas, couve-flor, espinafre, couve, farinha de milho, arroz escalpe, levedura, farinha de trigo, carne de porco, carne de vaca, carne de peru, lombo canadense, leite em pó.
Funções: A PLP atua como coezima em mais de 100 reações enzimáticas. É requerida por uma grande variedade de enzimas envolvidas como a interconversão de aminoácidos; na síntese de aminoácidos presentes em quantidades alem das necessária para síntese de proteínas; na síntese de aminas que atuam como neurotransmissores.
Deficiências: Esta deficiência pode ser o resultado de uma fraca absorção pelo aparelho digestivo ou do uso de medicamentos que esgotam as reservas de vitamina B6 no organismo, incluindo a isoniacida, a hidralacina e a penicilamina. A deficiência também pode verificar-se em perturbações hereditárias que inibem o metabolismo da vitamina B6; estas perturbações podem causar atraso mental grave, convulsões e uma anemia difícil de corrigir.
Sintomas de sua deficiência: A deficiência de vitamina B6 pode causar convulsões nas crianças pequenas e anemia, dermatite, lesões nervosas (neuropatia) e confusão nos adultos. Outros sintomas incluem a língua vermelha, gretas nas comissuras da boca e adormecimento com sensação de formigueiro nas mãos e nos pés.
BIOTINA
A biotina é uma das vitaminas do complexo hidrossolúvel B. Durante as quatro décadas que se seguiram ao seu isolamento, uma quantidade apreciável de trabalhos foi desenvolvida a fim de elucidar sua ação e função bioquímica. A biotina foi descoberta como resultado de uma serie de investigações paralelas.
Fontes: Carnes: bovina, fígado, costela, media/ Porco: toucinho, presunto, fígado, lombo/Aves: frango de carne escura, frango de carne clara/ Peixes: salmão, atum, sardinha, frutos do mar, ostras/Cereais: cereais cozidos ou integrais, cevada, milho, aveia, arroz, trigo,cereais refinados ou cozidos, sucrilhos, arroz branco/Paes: branco, integral, farinha branca.
Funções: A biotina atua como um grupo prostético em um grande numero de enzimas nas quais funciona como carregador do grupo carboxil. O grupo prostético da biotina é ligado covalentemente ao grupo E - amido de um resíduo lisina da enzima dependente da biotina.
Deficiência: Uma deficiência é muito improvável nas pessoas que têm uma alimentação equilibrada. Contudo, comer claras de ovo cruas durante semanas pode provocar esta deficiência porque contêm uma substância que se liga à biotina no organismo e impede a sua absorção.
Sintomas de sua deficiência: Os sintomas incluem sonolência, perda de peso, dermatite, ataques de ansiedade, dor muscular e certos sintomas nervosos, como cansaço mental, insônias e alucinações. Esta deficiência também pode desenvolver-se em pessoas que recebem alimentação endovenosa (parentérica) durante muito tempo sem suplemento de biotina.
ÁCIDO PANTOTÊNICO
O ácido pantotenico ou vitamina B5 é uma vitamina hidrossolúvel do complexo B e ocorrem em tecidos animais e vegetais. Essenciais para varias reações que em volvem liberação de energia a partir dos carboidratos, gorduras e aminoácidos.
Fontes: Algumas fonte ricas são: fígado de vitela, fígado de vaca, fígado de porco, fígado de frango, rim de porco, rim bovino, miolo de porco, miolo de vaca, coração de vaca, coração de frango, leite em pó integral, ovo de galinha, patê de fígado, flocos de aveia, germe de trigo, nozes, queijo camembert, salmão, atum, carne de vaca, creme de leite, cenoura, leite humano, bacalhau fresco.
Função: Esta vitamina é um antioxidante e ajuda no funcionamento dos linfócitos B, células responsáveis pela produção de anticorpos. Portanto, ele é fundamental para defesa celular frente as doenças.
Deficiência: É bastante improvável uma pessoa que faz uma dieta normal (que inclua uma boa variedade de alimentos) apresentar deficiência de vitamina B5.
Sintomas de sua deficiência: Os sintomas da deficiência, como insônia, câimbras nas pernas ou sensação de ardência nos pés, ocorreram apenas em situações experimentais. Ainda assim, os sintomas graves ocorriam apenas se as pessoas também tomassem um medicamento que interferisse na produção da vitamina.
ÁCIDO FÓLICO
O ácido fólico, vitamina B11, foi reconhecido como um fator presente em preparações com leveduras, que era capaz de curar a anemia megaloblástica que ocorria entre mulheres Indus na Índia, particularmente durante a gravidez. Por quase meio século, acreditou-se que a única seqüela química importante da deficiência de folato era a anemia.
Fontes: Fontes ricas em vitamina B 11: tomate, suco de laranja, repolho cru, linguado cozido, lentilha cozida (grãos), leite desnatado em pó, leite tipo A, lagarto, (carne bovina crua) framboesa fresca, file de frango (cozido), file bovino (cozido), cogumelo seco shitake, cenoura crua, cebolinha verde, brócolis cozido.
Função: Os tetrahidrofolatos atuam na biossintese da pirimidina e da purina e, assim , na síntese de DNA e na divisão celular. A função bioquímica dos folatos é a interconversao de estruturas com uma unidade de carbono durante o metabolismo intermediário.
Deficiência: A carência de uma destas vitaminas provoca uma anemia grave.
Sintomas de sua deficiência: Os sintomas incluem palidez, fraqueza, redução da secreção de ácido no estômago e lesões nervosas (neuropatias). Estas últimas produzem-se principalmente no caso da carência de vitamina B12.
VITAMINA B12
A vitamina B12 constitui uma das vitaminas do grupo B, sendo classificadas como hidrossolúvel. E conhecida como cobalamina, fator antianemia perniciosa e fator extrínseco ou de Castle. A vitamina B12 é um importante intermediário no ciclo dos ácidos tricarboxilicos, sendo o essencial para a degradação de ácidos graxos e aminoacidos.
Fontes: Carne e vísceras: carne bovina, rim bovino, fígado bovino, carne de frango, fígado de galinha, presunto, carne suína, carne de peru, carne de carneiro.
Leite e derivados: leite, queijos, e iogurte.
Peixe e mariscos: arenque, salmão, truta, atum, lagosta, camarão outros: ovo.
Função: A vitamina B12 é necessária na função de glóbulos vermelhos, nervos e varia proteínas. Esta envolvida no metabolismo dos carboidratos e lipides, sendo essencial para o crescimento
Deficiência: A carência de uma destas vitaminas provoca uma anemia grave.
Sintoma dessa deficiência: Os sintomas incluem palidez, fraqueza, redução da secreção de ácido no estômago e lesões nervosas (neuropatias). Estas últimas produzem-se principalmente no caso da carência de vitamina B12.
COZZOLINO, Sílvia M. Franciscato. Biodisponibilidade de nutrientes. Barueri São Paulo: Manole, 2005;
PENTEADO, Marilene de Vuono Camargo. Vitaminas: Aspectos Nutricionais, Bioquímicos, Clínicos e Analíticos. Barueri são Paulo. Manole,2003;
SHILS, Maurice E.; SHIKE Moshe. Tratado de nutrição moderna na saúde e na doença. Barueri- SP: Manole, 2003
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Que legau
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